Acordei à flor da iauga
no meio dum arquipélago de sons
a enxergar os ilheus, os cons
desbotados nũa nuvem branca
embalado ao sabor das ondas
sem medo a afundar
resolvim mergulhar
ir quanda o profundo
e atingir as mais verdes algas
o salgado e o mesto mais escuro
foi-me embrulhando, devagar
e sem eu me decatar
conseguim respirar aquelas augas
des aquela o ar tornou-se-me
estranho
nom o consigo mais respirar
e só gosto das
augas marinhas e mestas
profundas
do fundo do arquipélago do meu
sonho
onde as brêtemas som como as
algas
líquidas, celtigas